História

 

A base cultural deste culto segrega-se provavelmente de um povo (Lagos/Lângodo/Sosso) situado na África. Supõe-se ser originário da cidade de Lokoja às margens do Rio Mitombo, nas circunvizinhanças dos Reinos do complexo Iorubá.

OMOLOKO instaura-se no Rio de Janeiro, segundo estudiosos, no século XIX, compondo-se e organizando-se por completo no País, a partir do conhecimento trazido por negros vindos da África e seus descendentes; herança do período colonial, sofrendo influência de diversas vertentes religiosas da África, predominantemente o culto aos Orixás e aos Inkices, com ênfase nos Orixás e perifericamente nos Inkices, tornando particular sua forma de culto, mantendo a cosmologia de cada origem, mas interpretando-as a partir de rituais religiosos contemporâneos. Este fato o torna diferente dos candomblés tradicionais que mantém o predomínio de sua região original.

No Rio de Janeiro, com a miscigenação e influência do kardecismo francês instaura-se um novo movimento denominado Omoloko, disseminado prioritariamente por Tancredo da Silva Pinto, porém, o OMOLOKO subdivide-se em duas distintas classes sacerdotais: uma que funde os conceitos de nações africanas a conceitos modernistas do kardecismo, esoterismo e outras linhagens contemplativas denominando-se Umbanda-Omolocô ou Umbanda Cruzada e outra que mantêm afastadas e definidas as manifestações sócio-culturais, com preponderância no império Yoruba, denominando-se apenas como Omoloko. Mantendo-se como um exemplo deste seguimento a casa-de-santo Okobalaye, fundada na cidade de São Gonçalo/RJ e o Ilè Axé d'ogun na Covanca em São Gonçalo/RJ.